quinta-feira, 26 de julho de 2012

Desabafo.

Apeteceu-me mesmo falar disto. Lembrei-me do passado, de tudo o que eu já passei e mal ou bem continuo firme, de pé pois essa foi a minha única opção. Uma lágrima cai sempre do meu olho sempre que recordo que fui humilhada, detestada, e rebaixada sem motivo nenhum. Todos os dias eu acordava e dizia: "Não, não quero ir para a escola, quero ir para bem longe daqui." ou "mais um dia ter de aturar isto? Mais um dia em que tenho de esconder o meu choro com um sorriso?".
Custa todos os dias conviver com pessoas que falam mal de nós pelas costas e á nossa frente nos ignoram. E o pior de tudo é espalhar boatos para ninguém conviver connosco. E eu, sentia-me só, sem ninguém.
Ninguém sabe como é sentir-se como eu me sentia.
Eu era e sou uma rapariga normal, que estava habituada a fazer tudo por todos, a ser demasiado boa pessoa. Chegaram-me a dizer: "Bruna, em ti não há maldade. Tens de revestir uma armadura para esse coração mole."
Lá está, foi por isso que as pessoas me pisavam, passavam por cima de mim e eu simplesmente engolia, ou pior chegava a casa e fazia cortes nos braços e chorava, nunca mais queria acordar.
Eu tive uma infância dificil, e apartir do 4º ano até ao 9º aconteceu-me isto. As raparigas pareciam detestar-me e eu até hoje não sei o porquê.
Mas ainda bem que tive e tenho o meu melhor amigo, e mais três amigas mais velhas que sempre me apoiaram, que sempre me quiseram o bem e que me deram força para continuar de pé.
Houve um dia que me fartei, que cresci e explodi tudo o que tinha no coração, e parece que já ganhei o respeito dessas pessoas...e o pesadelo acabou!
 

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